Brigou, brigou, brigou e não ganhou, alie-se aos seus adversários. E parece que é isso que as montadoras européias resolveram fazer, criando acordos com as chinesas. Ontem, mais um capítulo dessa novela aconteceu.
A Renault e a Geely anunciaram oficialmente que ficaram noivas e que o casamento deve ocorrer brevemente. Se você não se lembra da chinesa, vale contar que ela já esteve no Brasil, entre 2014 e 2018, quando vendeu pouco mais de mil carros, um nada, e desistiu. Mas que nunca saiu de nossas terras, se lembrarmos que é a dona da sueca Volvo.
Agora retorna, com um novo jeito de fazer negócios. Vai fabricar carros híbridos e elétricos dentro da fábrica da futura esposa, no Paraná. Pra Renault é uma boa, pois existe capacidade ociosa disponível. Mas fora o investimento na linha de produção, seus automóveis deverão ser vendidos nas concessionárias da francesa. Como me lembrou Abelardo Pinto, é igualzinho o que ocorreu quando a Nissan chegou nas Terras Brasilis. Um puxadinho na fábrica, outro nas concessionárias. Hoje, a japonesa tem 4% do mercado local. Nada mal pra quem começou num cantinho em São José dos Pinhais.
Mas se você pensou que isso é um caso isolado, pense de novo. A Stellantis vai trazer os carros elétricos da hashtag#Leapmotor e já está preparando sua rede. Entre as várias coisas que o presidente da montadora andou falando, está a possibilidade de fabricarem os carros em nossas terras. Apostaria que as instalações do Rio de Janeiro, da Peugeot e Citroën estariam nos planos.
Se for verdade, significaria que brevemente poderemos ter três chinesas compartilhando fábricas já existentes. Isso porque a CAOA já anunciou que irá trazer mais uma marca pro Brasil e começou a nomear. Minha aposta? Omoda em Jacareí. Será?
De todo jeito, esse é um novo modus operandi das montadoras. Os acordos podem num futuro breve virar fusões. As americanas estão ficando pra trás. Sem mencionar a Toyota e a Volks, que continuam suas vidas como se nada estivesse ocorrendo.
Quer discutir mais a respeito? Dia 25, no nosso Jantar Automotivo, esse e mais diversos outros temas irão temperar nossas conversas. Venha e junte-se a nós.
Porém, em uma revisão recente, a entidade reduziu essa estimativa.
A nova previsão aponta para 2,559 milhões de unidades, o que representa um crescimento de apenas 3%.
Como já era esperado, 2025 está sendo um ano desafiador, marcado por crédito caro e escasso, fatores que inevitavelmente impactam o ritmo das vendas.
Além disso, a Toyota foi afetada por um desastre natural, o que também influenciou negativamente o desempenho do mercado.
Por outro lado, as marcas chinesas seguem em expansão na comparação com o mesmo período de 2024:
BYD: +49%
GWM: +31%
CAOA CHERY: +11%
O avanço de BYD e GWM é impulsionado principalmente pelos produtos no segmento de híbridos, reforçando uma tendência que venho destacando de que o crescimento dos híbridos será mais consistente e acelerado do que o dos elétricos puros.
Saiu em 2020, quando já havia se transformado num personagem de desenho animado, que encerrava os comerciais. Estou falando daquele matuto que, nos comerciais da hashtag#Ipiranga, sempre respondia "Lá no posto Ipiranga..." A campanha fez tanto sucesso que o bordão virou sinônimo de um lugar que tem solução pra tudo.
Veio o Paulo Guedes, o ministro, e o apelido de posto ipiranga pegou. Também, né, pra toda pergunta que a imprensa fazia pro presidente Bolsonaro, a resposta era sempre "É com o Paulo Guedes". Igualzinho o personagem do comercial. Coincidência ou não, entra o ministro, sai o personagem. Talvez a petroleira tenha querido evitar misturar propaganda e política.
Mas a política parece que gosta da Ipiranga. Com os escândalos da Faria Lima, onde vários postos foram pegos fazendo coisa errada, ela resolveu que era hora de reforçar a confiabilidade da sua marca. E aí, convocaram de novo o capiau. Que no comercial está de cabelos brancos mas, como ele mesmo diz, não ficou burro e continua confiando na empresa de sempre.
É difícil avaliar de longe, mas olhando as campanhas desses últimos cinco anos, com o slogan “Completa pra mim”, eu também tive saudades do velhinho. Os meus anos de Shell me ensinaram uma coisa: pouca gente gosta de ir a postos de gasolina. Até mesmo as lojas de conveniência têm um quê de negativo, pois são vistas como careiras. As pessoas escolhem o posto de preferência pela localização, facilidade, simpatia dos frentistas e por último, muito longe, a qualidade do combustível.
Tirando os produtos aditivados, pra maior parte das pessoas, “gasolina é tudo igual“. O maior medo é do combustível adulterado e, por isso, é tão importante confiar na hashtag#marca da petroleira. A figura conhecida do personagem passa credibilidade e confiança. O comercial em si não é tão engraçado assim, mas cumpre muito bem seu papel: dar conforto emocional a quem precisa abastecer seu carro.
Gostei do plot twist da Ipiranga. Agora é torcer pra que nenhum outro ministro ganhe o mesmo apelido…
Ou seria casa de hambúrgueres? Sei lá como chamar, mas sei que essa rede pequena, de quatro lojas físicas e três dark kitchens (aqueles locais que preparam lanches e pratos pra diversos restaurantes, que distribuem por delivery) é topetuda como um quê.
O dono, Henrique Azeredo, já fez acordos com vários concorrentes, pois trabalha o posicionamento de ser a casa do sanduíche tradicional, aqueles pequenos e simples feitos pelo McDonalds e outros pioneiros, quando apareceram nos anos de 1950. É como se fosse uma garantia de que o formato original não vai morrer.
De toda forma, o que me chama a atenção é o salto de fé que Henrique deu, ao sair de uma simples loja de bairro para um ponto 24 horas dentro do aeroporto mais movimentado do Brasil, o Aeroporto de Cumbica, em São Paulo. Se der certo, vai virar gente grande. Se der errado…
Eu já fui lá ajudar a construir o sucesso da Patties. E vamos continuar por aqui, comendo seus smashburgers e acompanhando suas aventuras…
Nos ensina a entender a vida e a tomar melhores decisões. Então, faço pesquisa em tudo, inclusive no LinkedIn.
Aproveitei a campanha do Rei Roberto Carlos, do Banco Mercantil, para testar títulos. Não é a primeira vez, mas os resultados me deixaram intrigados. O teste é simples: Será que o título aumenta a leitura? E o engajamento?
Três semanas atrás, soltei dois posts idênticos, mesmo texto, mesma foto, tudo....menos o título. Num, escrevi "O Banco do Rei". Foco no banco e na crença de que todos reconheceriam o cantor. No outro, "Roberto Carlos virou garoto propaganda", dando destaque na novidade de RC estar fazendo propaganda. Fora isso, 45 minutos de diferença de publicação.
Os resultados? O "Banco do Rei" foi melhor em tudo. Deu 23 mil visualizações contra 13 mil. 47% a mais de pessoas, mais que o dobro de comentários e um número pouco maior de compartilhamentos. Só que, quando vemos o engajamento por post, uma surpresa.
Falar do novo emprego do Roberto faz as pessoas se manifestarem mais, percentualmente falando. Os leitores do "Roberto Carlos virou garoto propaganda" compartilharam 50% mais. Ou seja, se envolveram tanto com o tema que quiseram fazer com que outras pessoas também conhecessem a nova trajetória do cantor.
Sei que o algoritmo muda de tempos em tempos. E que esse ser supremo é diferente de Rede Social para Rede Social. Mas o primeiro impulso ainda é humano. Somos nós que indicamos para ele o que queremos ver.
No fim, descubro que Roberto Carlos é um cantor que todo mundo reconhece. Mas que fofoca é, ainda, o principal motivo de engajamento da humanidade...