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Por que pato sonha em ser águia?

11/06/2025
Postado por: Murilo Moreno

Só pode ser pra voar mais alto, não é mesmo? Foi isso que pensei quando vi a farmacêutica EMS marcando data pra lançar suas canetas para emagrecimento: agosto. Ou seja, a partir do segundo semestre acaba a exclusividade das Novo Nordisk e Eli Lilly, fabricantes dos fenômenos Ozempic e Mounjaro, e a brasileira passa a morder um pedaço desse mercado.

A líder brasileira de genéricos vai lançar seu novo remédio com marca. Olire, para emagrecimento, e Lirux, para diabetes. Mas por que isso? Talvez a resposta esteja das palavras do manda-chuva, Carlos Sanches. Ele declarou em dezembro do ano passado, que a empresa poderá faturar no Brasil, daqui a oito anos, 2 bilhões de dólares. E que tem potencial para outros 2 bilhões, no resto do mundo. Basta isso para entender a estratégia.

A briga fora do Brasil vai ser marca contra marca e não um produto já estabelecido versus uma marca genérica. Isso é interessante. EMS fatura hoje 10 bilhões de reais. Não é pouco dinheiro. Mas se a previsão acontecer, os novos remédios vão ajudar a dobrar a empresa. Pela fome que apresentam, isso deve acontecer e transformar a empresa numa multinacional de verdade.

Lógico que para ajudar, estão considerando o futuro lançamento do Ozempic da empresa. Como assim? Os atuais lançamentos são baseados numa molécula já ultrapassada. A liraglutida é a primeira geração de moléculas para emagrecimento lançada. A semaglutida é uma geração mais nova e a patente dessa molécula ainda não caiu. Mas a EMS já está pronta pra colocar no mercado essa versão mais moderna, a partir do ano que vem.

Interessante é ver mais uma multinacional brasileira aparecendo. Quem sabe, o Brasil vire, realmente, o país do futuro. Magro.

 

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Postado por: Murilo Moreno
Só tem um jeito de você não saber quem é Marisa Maiô.

Já ter embarcado no foguete do Elon Musk e ter ido pra Marte. A apresentadora virou um sucesso de um dia para o outro, por conta do seu humor e sua irreverência. Ou será que a fama veio de ser somente uma personagem criada em Inteligência Artificial? De todo modo, ela expôs, ainda mais, o que vem por aí . A partir de agora, a diferença entre o mundo real e o digital vai ser cada vez menos perceptível.

Se você assistiu algum dos vídeos, deve ter percebido que o que assusta é o realismo das imagens. O autor, o carioca Raony Phillips, juntou pequenos vídeos de 8 segundos, o máximo que a IA do Google por enquanto gera, e construiu o programa dessa apresentadora gorda, que se apresenta vestida de maiô e que tem tiradas sarcásticas nas suas entrevistas.

Então temos um humano, de carne e osso, criando um personagem digital, que tem um tom de humor que reflete suas escolhas. Onde está o sucesso? No personagem ser criado por computadores? Ou na linguagem ácida? A recriação da personagem no programa da TV Bandeirantes, que pegou uma atriz e a vestiu como a IA, mostra que sem o humor politicamente incorreto, a fórmula não funciona.

De todo modo, é importante pensar no que representam esses oito segundos de vídeo quase reais. Como ainda estamos na pré-história da IA, podemos prever que fazer filmes longos com personagens irreais vai ser comum em poucos anos. Vamos ter o "efeito The Simpsons". O desenho animado tem 35 anos e até hoje o Bart vive com os pais. Nunca envelhece. A diferença é que tudo será em "carne e osso" digital.

Marisa Maiô correu pra virar influencer e passou a anunciar pro comércio. Fez merchandising pra Magalu e OLX. Se não tomar cuidado, daqui a pouco estará mais rodada do que o Luciano Huck. O que ninguém está falando é que quanto mais fácil fica criar conteúdo, mas difícil está se tornando se diferenciar no mercado. As duas varejistas usaram o hit do momento. Mas não tem nada mais igual do que fazer campanha com um personagem que sempre age e fala do mesmo jeito. Anunciando perfume ou carro.

Ganha Marisa Maiô. Perdem os anunciantes...

 

Fonte da imagem: Youtube

13/06/2025
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Postado por: Tai Kawasaki
Essa semana a nossa consultoria visitou a Gol com um cliente onde fomos recebidos com muito carinho.

Fizemos um tour pelas instalações onde conhecemos, dentre outras áreas, o Centro de Operações onde controlam todos os voos. A sala é super tecnológica, funciona 24 horas por dia, tem profissionais experientes e altamente qualificados.

Agora vou viajar ainda mais tranquilo, pois esse Centro transmite segurança e confiança e mostra a preocupação da Gol em atender com excelência e profissionalismo.

A GOL, após reestruturação estratégica, busca um crescimento consciente e próspero, com internacionalização e diversificação, caixa robusto e frota moderna.

Parabéns aos amigos Rafael de Operações e Patrícia de Marketing. Sucesso!

12/06/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Sete horas da manhã, chego num hotel para me encontrar com um cliente da minha consultoria.

Ninguém ao lado do balcão externo, resolvo eu mesmo entrar no estacionamento com meu Fiat 500. Paro em frente a uma placa de "Deixe aqui o carro" e espero o manobrista. Lá vem ele, depois de alguns minutos, andando sem pressa, e me pergunta:

- É avulso?
- Vim buscar um hóspede...
- Não temos vagas para avulsos...
- Só vou pegar um hóspede...
- Não temos vagas para avulsos, repete e se vira falando: manobre o carro e saia...

Acho estranho, pego o carro e volto pra porta do hotel a tempo de vê-lo chegando no balcão. Estaciono o carro na frente dele, saio, tranco e entro pra recepção. Ele vem atrás de mim. Bufando, pede a chave e me entrega o recibo de entrada... não entendo nada...

Na hora, me passa na cabeça: qual a razão de ser de um estacionamento num hotel a não ser atender as necessidades dos hóspedes? Olho pro uniforme do manobrista e começo a entender. O serviço é terceirizado. E é aí que começam os problemas.

Cada uma das empresas tem um objetivo. O hotel ganha dinheiro com ocupação dos quartos e venda de serviços para hóspedes. A administradora do estacionamento, com o maior uso das vagas disponíveis. Para o hotel, vaga vazia significa poder atender a necessidade de um novo hóspede, a qualquer momento. Para o estacionamento, é faturamento perdido. O lucro máximo de uma significa a piora do serviço da outra.

Com certeza, um certo dia, o hotel pensou: se eu terceirizar o estacionamento, vou ganhar mais dinheiro, pois vou acabar com a ociosidade, com as vagas vazias o dia inteiro. Deve até ter combinado as regras do jogo. Mas, no dia a dia, isso vai sendo esquecido e, no final, o consumidor acaba sendo deixado de lado. A falta de vagas para avulsos não é um problema para o manobrista. Ele só sabe que está lotado e pronto!

O bichinho de marketing que existe dentro de mim me faz uma pergunta: quantas vezes a gente terceiriza o atendimento dos nossos clientes para outras empresas e damos um tiro no pé? Como gosto de dizer, melhor forma de saber é usando nosso próprio produto ou serviço.

Pago vinte reais por pouco mais de uma hora de estacionamento. Digo pro meu cliente ficar em outro lugar, da próxima vez, e fico pensando: esse é o lucro mais caro que o hotel poderia ter...

 

Fonte da imagem: ChatGPT

12/06/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Quando a TV a cabo apareceu no Brasil..

Quando a TV a cabo apareceu no Brasil, perguntei para um diretor da TV Globo: por que vocês não têm um canal só de novelas? A resposta foi que os direitos de imagem dos atores não haviam sido negociados para os dois tipos de transmissão, o que impedia reprisar a novela em outro canal. Parece que esse problema já não existe mais, pois ontem o canal Viva passou a se chamar Globoplay Novelas e só vai transmitir esse gênero de programa.

Talvez a maior mudança não tenha sido os direitos de imagem mas a de mentalidade. A emissora sempre foi "Inimiga Cordial" das demais empresas do Grupo, não aceitando dividir seus sucessos facilmente com outros canais. Só que, com a internet, essa jeito de agir precisou deixar de existir. E agora, finalmente, parece que elas são uma só.

A TV aberta perdeu seu charme e as audiências despencaram. A Globo, sozinha, ainda é o canal mais assistido do Brasil. Mas, arrastada pela crise financeira, abriu mão de ter contratos exclusivos com dezenas de atores, além de não ser mais a dona de eventos esportivos, como Fórmula 1 e o Campeonato Brasileiro de Futebol, e até da transmissão completa do Carnaval do Rio de Janeiro. A crise passou, mas a Globo, como se tivesse feito uma cirurgia bariátrica, saiu mais magra do que antes.

Ainda é cedo para dizer o que vai representar a Globoplay Novelas, mas hoje é possível assistir o conteúdo via a emissora aberta ou de streaming. Estar na TV a cabo não deve alcançar grandes resultados, até porque o número de assinantes desse formato vem caindo ano a ano.

Interessante perceber que a grande aposta da TV Globo para 2025, o remake da novela Vale Tudo, não tem alcançado bons resultados. Não que se espere os 56 por cento de média de audiência da versão original. Mas a nova refilmagem tem mantido seus índices entre 20 e 21 por cento das TVs ligadas, perdendo às vezes até para a novela das sete. Globo apostou forte na regravação da trama, para comemorar seus 60 anos, só que os números mostram que a audiência não engajou. Engraçado é notar que, na Globoplay Novelas, nem reprise dos capítulos já exibidos a emissora colocou.

De toda forma, para os noveleiros como eu, está está cada vez mais fácil assistir esses folhetins eletrônicos. Independente da escolha, o que se percebe é que quem ganha, no final, é a Rede Globo. A nova mentalidade está dando resultado...

 

Fonte da imagem: Divulgação

10/06/2025
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