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Qual é o remédio para o excesso de tempo que você passa dependurado no seu celular?

07/04/2025
Postado por: Murilo Moreno

Qual é o remédio para o excesso de tempo que você passa dependurado no seu celular?, vendo mais e mais vídeos nas redes sociais e se sentindo inútil?

De acordo com uma empresa de Nova York, é usar um telefone completamente burro.

Lançado em 2017, o primeiro modelo do Light Phone só podia fazer ligações. E foi um sucesso. Só que o mundo mudou muito desde que os smartphones foram criados em 2007. E essa onda de saudosismo parece não sobreviver à realidade.

Este mês, a nova versão chega ao mercado americano, o Light Phone III. E já não é tão burro assim, pois além de tirar fotos, manda mensagens, mostra uns mapas com cara de Waze pré-histórico e permite ouvir músicas e podcasts. Tudo vem já instalado, pois a empresa não tem loja de aplicativos. O mais interessante é ler o fundador dizendo que eles estão sempre pesquisando os consumidores para agregar novos recursos. Minha sugestão? Já olha o que o iPhone tem.

Esse tipo de aparelho procura resolver aquilo que parece ser o mal do século, o emburrecimento por uso excessivo de celular. Até uma nova expressão foi considerada a palavra do ano em 2024, pelo dicionário Oxford: “Brain Rot”, algo tipo assim “Apodrecimento Cerebral”. Sua sensação de que está cada vez mais difícil ler um texto longo, um livro, não é só seu. Filme de duas horas? Só com muita ação… isso tudo já foi diagnosticado como consequência das pequenas telinhas. Empresas como Netflix mudaram o jeito de produzir suas séries. O Light Phone é o outro tipo de solução, a volta ao passado.

A grande questão é que o smartphone está em tudo, agora. Seu banco, o aplicativo de delivery, o de táxis, o crachá da empresa e, principalmente, o Whatsapp. Como voltar a rolha pra garrafa?

Talvez a solução seja tirar as Redes Sociais e qualquer outra distração do celular. Ou assumir que, como raça, a gente mudou e não tem mais volta. Estou tentando ler Mobi Dick, o livro original. São quase 800 páginas, de uma linguagem de 1851. Tem um ano e mal cheguei no meio. Será que tenho que me sentir mais burro? Ou entender que o mundo mudou?

De todo jeito, se formos considerar o preço, é muito dinheiro. Seiscentos dólares ou quase três mil reais. Será que é melhor deixar como está? Pelo menos o bolso agradece...

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Postado por: Murilo Moreno
Neste último final de semana tive uma aula de marketing ao vivo, com três ótimas lições.

Todas, resultado de um carro defeituoso alugado na Movida. A proposta original da empresa? Que eu voltasse 100 km pra pegar outro carro. Sem nenhuma outra opção, de acordo com o SAC da empresa. E sem direito a falar na ouvidoria.

Descarreguei toda minha frustração num post, alguém na empresa leu e resolveu minha vida. Recebi no sábado um outro carro, sem ter que viajar toda a distância. Veio de guincho. Isso fez o Bichinho de Marketing que vive dentro de mim trabalhar incessantemente os últimos dois dias das minhas mini férias.

Primeiro, fiquei me questionando qual serviço a Movida vende. Creio que ninguém entra numa locadora para alugar um carro. Vamos atrás de hashtag#mobilidade. Se o carro pára por questões técnicas, não é problema do consumidor. A empresa assumir que o cliente precisa voltar na loja para substituir o carro defeituoso deixa claro que sua visão é de vender aluguel de automóveis. Esse é um ponto importante, pois altera completamente a visão de como a empresa deve trabalhar.

A segunda questão é talvez mais fundamental: o poder de resolver problemas dos clientes saiu das mãos das empresas. E foi para as redes sociais. Explico melhor: no passado mais distante, o vendedor era o responsável por lidar com os problemas que os consumidores pudessem ter com suas compras. Esse poder foi transferido para o serviços de atendimento ao cliente, os famosos SAC’s. Só que, com os cortes de custos e as automações digitais, as empresas delegaram a solução de qualquer questão às máquinas. Nem sempre bem treinadas.

E aí apareceram as redes sociais, dando voz ao consumidor. Um post, uma foto em qualquer rede, hoje tem mais força do que qualquer Ouvidoria. O grande problema é que tratar um problema que o consumidor tenha somente quando chega neste ponto é lidar com pequenas crises de imagem. É trocar o custo visível da mão de obra pelo custo invisível da imagem arranhada. Fica mais caro. Muito mais caro…

O terceiro ponto é que ainda existem empresas ágeis em buscar uma solução para o cliente. Problemas todas vão ter. Ganha o jogo aquelas que corrigem a rota o mais rápido possível. E a velocidade da locadora mostra porque se tornou o que é em tão pouco tempo.

Obrigado Movida. Meu bichinho do marketing voltou feliz das férias com as lições aprendidas.

09/12/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Como assim a música que eu mais ouvi em 2025 foi "A mais pedida" dos Raimundos?

Spotify enlouqueceu... adoro Pink Floyd, sou roqueiro! Mas, pensando bem, até que essa música é boa... tá bom... ouvi mesmo. E daí? Vou pro inferno dos roqueiros? Ouvindo sertanejo e funk o dia inteiro?

Isso tudo me passou na cabeça quando vi minha lista das músicas mais ouvidas neste ano, no Spotify. Adoro esse momento do ano. Sempre me achei um roqueiro, quase um metaleiro, pra ver que o único grupo de rock que ouço é o Pink Floyd. Quer dizer, tem Dire Straits também, Supertramp e... Michel Bublé. E Raça Negra. E Victor e Leo. Ou seja, Bella está certa quando fala que sou uma bagunça em termos de gosto musical. Ouvi 1239 músicas de 603 artistas. Duas por cantor... de todo tipo de música...

Spotify sempre me lembra, no final do ano, que não me conheço de verdade. Que não sou tão inteligente ou tão focado quando acredito que sou. Engraçado isso. A gente cria uma imagem de nós mesmos e só vemos aquilo que nos interessa. Aumentamos nossas qualidades e escondemos debaixo do tapete nossos defeitos. Se você não é assim, parabéns. Eu sou.

O Google Maps já me mostrou que passo a maior parte do tempo indo e vindo num raio de menos de 10 quilômetros de casa. Meu mundo se resume a uma bola menor do que duas pistas de aeroporto internacional. A Amazon conhece melhor meu gosto por livros do que eu mesmo. Acho que quero ler os clássicos literários e ele me cospe na cara que adoro auto-ajuda.

E estamos só na infância das análise de dados. Agora, com a Inteligência Social, daqui a pouco as empresas vão saber definir os nossos gostos futuros, de acordo com o nosso envelhecimento. Faz sentido aos 18 eu gostar de Pink Floyd e agora, um pouco mais velho (ou muuuuito mais velho), preferir Roberto Carlos. Eu não poderia prever isso. A IA pode.

O único ponto que me conforta é que, considerando todas as músicas, o número um na minha lista voltou a ser o grupo roqueiro. Seguido de Nando Reis, Marisa Monte e Milton Nascimento. Olhado por essa ângulo, até que o Spotify conhece os meus gostos.

Vou ali ouvir Anitta...


08/12/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Netflix venceu a corrida pela compra da WarnerBros.

Ofereceu U$ 72 bilhões de dólares em dinheiro, mais ações. E ainda aceitou deixar de fora os canais de TV a cabo, que irão se transformar numa nova empresa. No fundo, parece mais uma simples fusão, mas mexeu com os ânimos do mercado cinematográfico dos Isteites.

A queridinha do mercado, a Skydance, queria fazer a segunda grande fusão do ano. Ela havia comprado a Paramount em agosto deste ano e, com isso, juntado Top Gun com Titanic. A empresa de 20 anos incompletos fundiu-se com o estúdio de 112 anos, prometendo manter o foco na indústria do cinema.

Agora, a líder do streaming passa a perna e oferece um valor imbatível pelas ações do Warner, prometendo deixar tudo do jeito que está. Cineastas, políticos e associações de classe abriram a boca contra o resultado. Medo de que a nova dona vire os canhões do estúdio e abandone os cinemas em favor das casas dos clientes. Faltaram observar que quem está fazendo isso são os consumidores.

Vamos combinar. É muito legal ver um filme na grande tela, mas nada substitui o conforto do nosso próprio lar. Ainda mais quando todo o conteúdo custa, por mês, menos do que um saco de pipoca no cinema mais próximo. Mas não nos enganemos. O objetivo de Netflix é manter o assinante preso. E, para isso, séries são melhores do que filmes, pois sempre duram mais de um mês.

Netflix já depende menos de Hollywood do que outros streamings. 50% do seu conteúdo é feito fora dos EUA, onde os custos são menores e a chance de agradar novos públicos é maior. Talvez esse perfil de produção seja uma reação ao aparecimento dos streamings dos estúdios, como Disney, Warner e Paramount. O risco desses concorrentes sumirem com os conteúdos deve ter levado a empresa a virar produtora. E se deu bem, com sucessos como Round 6 e Stranger Things. Agora essa aposta aumenta, já que vai virar dona de Batman, Super Homem, Harry Potter e outras tantas histórias que podem virar séries e continuações.

A compra ainda não está finalizada, depende de órgão reguladores americanos. E uma coisa que pesa contra Netflix é que ela vai virar dona de 43% do mercado. Vai ainda ter muita água passando debaixo da ponte.

Como dizem, o diabo está nos detalhes. E o que não falta nessa história são detalhes...

07/12/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Depois de uma ótima experiência com a BYD, com a Movida, um horror!

Aluguei um VW Polo, em Floripa, e vim pra Praia dos Rosas. Exatos 100 kms. Tudo certo com a viagem e com o carro. No dia seguinte, vou ligá-lo e nada de dar a partida. Parece bateria. Telefono pra Movida e eles mandam um reboque. Diagnóstico do motorista? Bateria mesmo. Só que na hora que vai abrir o capô, não destrava. O cabo deve ter se rompido. O motorista diz que vai levar o Polo embora e eu, inocente, telefono pra locadora pra saber quando recebo novo carro pra substituir o rebocado.

- O senhor precisa voltar na loja pra pegar outro carro... me diz o atendente, na maior tranquilidade. Está no contrato...

- Meu amigo, estou a cem quilômetros da loja. Como faço? Aluguei pra curtir as férias. Agora você quer que eu pegue um táxi, viaje de volta pro aeroporto, pegue outro carro e volte? Quer que eu perca os poucos dias das minhas férias?

- Não senhor. Só estou lhe falando qual é o procedimento...

Peço pra falar com alguém que resolva o meu problema, ele pede um segundo e volta e diz:

- Falei com meu supervisor e é isso mesmo. O senhor precisa voltar na loja ou falar na ouvidoria.

Peço o telefone da hashtag#ouvidoria, só pra passar mais raiva. Ligo e, depois de uma longa lista de opções da URA, descubro que não existe opção de ouvidoria no telefone da... ouvidoria. Sinto que estou correndo atrás do meu próprio rabo, pois a empresa não está preparada pra resolver o problema do consumidor. Satisfação não deve existir no dicionário da locadora.

O que me espanta é que esse tipo de problema faz parte do negócio da Movida. E, portanto, do custo do serviço que comercializam. Mas alguém lá dentro deve ter decidido que o impacto da insatisfação é menor do que o custo de mandar um outro carro pra substituir o anterior, defeituoso.

Volto pra praia, desesperançoso. Ainda somos um país longe de atender bem o cliente.

PS - depois do post, parece que teremos um bom desfecho neste história. Mas isso é assunto pra outro post…

06/12/2025
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