O que você faria se recebesse esse convite dentro do avião? Se esse “pedido “ fosse pra trocar seu assento por um pior, mesmo você tendo pago a tarifa da empresa? Ingrid Guimarães ouviu esse pedido estranho num voo da American Airlines. E sem muita explicação, a não ser que “um passageiro da executiva havia ficado sem poltrona, que estava quebrada, e por isso ele ia se sentar ali”.
Como ela não aceitou a exigência dos comissários, a discussão só cresceu dentro do avião, a ponto da atriz se sentir coagida e constrangida. Segundo o relato, os comissários chegaram a anunciar no sistema de som que o voo iria se atrasar por conta de uma passageira que estava causando problemas. A reação da Ingrid foi, após voltar pro Brasil numa poltrona da classe econômica, postar no X um desabafo contando sua experiência. Virou assunto em toda a imprensa nacional.
Esse é mais um dos centenas de casos que me fazem pensar que as companhias aéreas não conseguem entender o consumidor, esse ser insensível. Sempre que vejo relatos como esse, sinto que elas carregam pacotes de carne e não pessoas. Em nome da segurança, ou de um glamour que existia no passado, a postura das empresas me parece sempre um pouco arrogante.
Apesar de muito ter se falado que a empresa feriu a Lei do Consumidor, é preciso lembrar que o avião, estando em território americano, estava sujeito às leis dos Isteites. Mas isso só piora o caso, já que por lá as leis são até mais rígidas. Ainda segundo a atriz, a razão pela qual escolheram movimentá-la é que "ela era uma mulher viajando sozinha". Essa frase me cheira à discriminação. E numa empresa que se diz preocupado com a diversidade, dá pra imaginar que existe uma distância grande entre o que se fala e o que se faz.
A crise está instaurada. Do mesmo jeito que Ingrid se sentiu constrangida, agora é a vez da American Airlines. Ter a imprensa a seu dispor, ajuda no caso da atriz. O que me preocupa são as centenas ou milhares de ocasiões em que esse tipo de coisa acontece conosco, os simples mortais. Não ter anunciado no sistema de som interno que a empresa precisaria de um voluntário, como elas habitualmente fazem no caso de overbooking, vai custar muito.
Quiseram proteger a imagem não expondo um problema de manutenção. Criaram um maior. Espero que o caso ajude a American a rever seus procedimentos.
Seus carros eram considerados frágeis e complicados. Tanto que a empresa era a quarta entre as quatro no mercado brasileiro.
Lembro-me de um anúncio do Prêmio, o sedan baseado no Uno, que dizia "Mudamos mais de mil itens no novo modelo ano 1995..." e que eu pensava: Este é um anúncio aprovado por engenheiros, pois quem não gosta da Fiat vai pensar "Mudaram tanto e continuam ruins igual antes". Na minha cabeça mudar não significa, obrigatoriamente, melhorar. Ainda mais quando se tem uma visão prévia rondando na área.
Mas preconceito é tema pra outro post. Aqui quero falar de qualidade. No vídeo, discuto o que o conceito significa, pois é muito comum a gente confundir a qualidade técnica com a percepção de qualidade.
O que quero dizer? Existem critérios mensuráveis para se afirmar se um produto tem ou não qualidade. Mas o que pesa mesmo, no dia a dia, é nossa expectativa versus realidade. Você não compra um tênis de corrida e pensa: "Vou conseguir dar 23.475 passos com ele. Meu tempo vai reduzir em 0,25 segundos no treino no Ibirapuera..." Lógico que tem alguns tarados que sim, mas, no geral, a gente busca conforto para os pés.
Então, qualidade não existe? Para uma complexa pergunta, só mesmo fatiando o elefante. E é disso que o vídeo fala. Assista e me dê sua opinião. E se quiser mais, acesse meu canal no Youtube (CLIQUE AQUI). Lá você encontra esse e outras centenas de vídeos sobre temas voltados para o marketing e o comportamento do consumidor.
Só uma coisa tenho certeza: todos são de ótima qualidade...
Sabe? Aqueles que chegam na garagem e têm coleção de carros que a maior parte de nós só conhece de ouvir falar.
Pensa no Elon Musk. Ele acorda e faz o quê? Qual a marca do celular dele? Por acaso, o aparelho fica sem bateria e ele tem que ficar carregando power bank por aí? Enfrenta fila na imigração no aeroporto de Miami?
Pois a Visa acabou de anunciar mais uma versão de cartão de crédito que é uma ponte pra entender esses poucos privilegiados: o Visa Infinite Privilege.
Não vai ser o cartão do Musk, pois ainda não foi lançado nos Isteites, mas já uma pequena ideia de qual tipo de mimo é necessário pra agradar a “zelite” do mundo. Entre os benefícios anunciados, tem até uma viagem de helicóptero pro aeroporto de Guarulhos, “de grátis”. Fora a sala VIP da VIP.
O cartão foi anunciado, XP, Unicred e Itaú já disseram que vão emitir o plástico pros seus clientes, só que isso acontece somente no terceiro trimestre do ano. O rico ansioso vai ter que esperar. Aliás, isso ele já está acostumado. Ferrari não tem pra pronta entrega. Ponto pro Renault Kwid!
O novo plástico não é de plástico, mas de metal. Tem que diferenciar o dono, quando sai da carteira. Só que a pergunta que fiquei me fazendo é sobre quem ainda usa cartão físico. Pior: será que na porta da Sala VIP a recepcionista só vai deixar entrar se mostrar o cartão? Ou se eu chegar lá e disse que sou o Luciano Huck ela vai acreditar?
São só 200 mil brasileiros o público alvo do novo cartão. Todos com investimento de, no mínimo, R$ 35 milhões. Ou salário de R$ 350 mil. E só ganha o cartão quem for convidado. Portanto, se você receber e-mail lhe oferecendo o Infinite Privilege, nem responda. É golpe!
Vou montar barraca na porta da Sala VIP de Guarulhos. Quem sabe não mato um pouquinho da minha curiosidade...
Fonte da imagem: Visa
Quer dizer, o problema já existia, mas a empresa foi a primeira a colocar o dedo na ferida aqui em Terra Brasilis. Agora, de uma vez só, Heineken e Coca Cola lançam comerciais, nos Isteites, sobre essa ideia de deixar o mundo digital de lado e curtir o mundo real.
A tendência, que apareceu lentamente, agora é tão clara que as marcas resolveram se apropriar para falar com a Geração Z. Os jovens têm buscado soluções offline, quase que saudando um tempo que não viveram. Sabe aquela câmera digital que você tinha, que precisa descarregar o cartão, e que a qualidade das fotos era terrível? Na mão deles virou moda.
O que parece que está acontecendo é a valorização dos momentos de descompressão. A Geração Z não está buscando viver desconectado mas, sim, um tempo desligado de tudo, pra curtir o momento.
A grande diferença entre as três campanhas é o tom com o qual abordam o tema:
- A Vivo (CLIQUE AQUI) olha sob o ponto de vista doentio que a dependência do online pode significar.
- A Heineken (CLIQUE AQUI) faz do tema um humor distópico, aquele em que o futuro é sombrio, com a cerveja e os momento que ela proporciona como solução.
- E a Coca (CLIQUE AQUI) cria quase que uma metalinguagem (ela falando dela mesmo), colocando as jovens num comercial de... Coca. É quase um resgate ao slogan original, "A pausa que refresca".
De todo jeito, o que a gente vê é o início de um tema que deve virar batido, com mais e mais anunciantes criando suas versões do "Esqueça o celular, a vida online. E se conecte com o real".
Mas o que é a publicidade, se não viver em cima da onda?
Fonte das imagens: comerciais dos anunciantes
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