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Tenho a teoria que todo fora da lei acorda de manhã, toma café com esposa e filhos, dá um beijo de bom dia e diz: "Papai vai trabalhar e volta daqui a pouco...

13/08/2025
Postado por: Murilo Moreno

No caso do auditor preso na Operação Ícaro, parece que o beijo era na mãe, de 73 anos. Aliás, se forem verdadeiras as denúncias, que filho! O patrimônio da empresa da senhorinha, a SmartTax, subiu de R$ 411 mil para R$ 2 Bilhões em dois anos, prestando consultoria fiscal. Logo ela, que não tem nenhum conhecimento na área...

Foi esse enriquecimento extraordinariamente rápido que chamou a atenção do Ministério Público de São Paulo. Coincidência, né? O filho trabalha como auditor fiscal... a mãe tem uma consultoria na área... o dinheiro passar a jorrar como água na fonte... Bingo! Nesses casos, sempre me pergunto: Será que ele não pensou que esse aumento repentino de patrimônio não ia dar na cara?

De imediato, duas empresas foram apontadas como as responsáveis pelos pagamentos à consultoria: a Ultrafarma e a Fast Shop. O que não deve ser coincidência é ambas serem brasileiras de tamanho médio, em que o dono está à frente dos negócios. Talvez isso facilite a negociação do esquema.

O sistema era simples, conforme o MP divulgou: Pra evitar que as empresas paguem imposto em cima de imposto, o governo permite que, ao comprar alguma coisa, elas descontem o que já foi pago de Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços, o famoso ICMS. Por exemplo, uma montadora compra aço pra fabricar um carro. O aço já pagou ICMS. Pra evitar ICMS sobre ICMS, a montadora apresenta documentos mostrando que parte do imposto que ela deve já foi pago. E só deposita a diferença que o preço do automóvel gerou.

No caso dos clientes da SmartTax, o próprio auditor fazia os documentos pedindo a compensação do ICMS das empresas e, depois, ele próprio aprovava. E pelo visto, nem todos os valores eram reais...

Só fico preocupado com a saúde da mãezinha do auditor, que deve ter sido acordada às seis da manhã, antes do café e do beijo, com os camburões e os fiscais invadindo sua casa... Haja coração!

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Postado por: Murilo Moreno
Duas coisas sempre estiveram presentes no logo da Tramontina, a cor azul e o símbolo criado com o "T".

Em 2016, a marca perdeu o T. Dez anos depois, ele volta, estilizado.

Juro que demorei a entender que o T havia sumido na versão anterior, de 2016. Quando vi a nova marca, lançada esta semana, entendi que eles a resgataram. Na divulgação, a diretora de marketing faz questão de ressaltar que ele foi formado pensando no aço, maior matéria prima da empresa. Fico imaginando lá na fábrica, os funcionários conversando:

- Nossa! o T voltou!!!
- Tava com saudades... esse novo ficou top!

Mas por que estou batendo tanto nessa tecla? Porque sempre é bom lembrar que nenhuma empresa é dona da sua própria marca. É o consumidor, esse ser insensível, que manda e desmanda. Em seus mais de 115 anos, A Tramontina construiu uma imagem de qualidade e inovação, sempre colocando o símbolo ao lado de seu nome. Virou parte dele. Aí tiraram. Foi como a Coca-Cola perder sua letra cursiva. Ou o hashtag#Itaú tirar o quadrado azul e deixar só a palavra flutuando sobre o fundo laranja.

A empresa, que trabalha em áreas tão diversas quanto facas, mesas de plástico, fogão e carrinho elétrico de golfe, havia se esquecido disso. Agora mudam, corrigindo um erro do passado. Graças a Deus!

Digo isso porque consistência é o ponto principal na construção da imagem de marca. Por mais que as letras se pareçam, era o T que trazia o reconhecimento, antes mesmo de se ler o nome. E que unia produtos de áreas tão diversas.

A empresa aproveitou para dar um tapa no azul e deixá-lo mais vibrante. E basta! Até porque, as duas versões vão viver em conjunto por pelo menos cinco anos, tempo que esperam demorar a transição.

Tramontina soube manter-se a mesma, mesmo mudando. Agora é acompahar pra ver se eles vão aposentar novamente o T, nesses próximos 115 anos que vem por aí.

 

14/08/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Em 2020, a Liquigas foi vendida.

A empresa era da Petrobras e foi privatizada, seguindo o mesmo destino da BR Distribuidora, que foi sendo transferida pra iniciativa privada desde 2017 e se tornou 100% Vibra em 2021. Ano passado, o Governo anunciou que quer os postos de volta. Agora, divulgou que vai voltar pro mundo dos botijões de gás.

Arrependeu-se? Não, mudou de estratégia. E não precisa ir muito longe pra perceber isso. No canal de Youtube da estatal, os vídeos agora falam da Transição Energética Justa. Mas o que é isso?

O termo não é tão novo assim, pois foi criado pelos sindicatos dos Isteites, nos anos de 1970, e adotado oficialmente a partir da COP24, em 2018. Significa o esforço global para que trabalhadores e as sociedades dependentes da indústria do petróleo não sejam prejudicados com a mudança repentina da produção de energia para fontes renováveis. Tipo "Tá bom, topamos mudar e poluir menos, mas vai devagar, se não vai ter muita gente sofrendo".

Pra fazer essa Transição Justa, o governo precisa que a Petrobrás participe do mercado das várias formas de geração energética. Por isso, já anunciou seus investimentos em energia eólica e solar. Serão mais de 5 bilhões de dólares para conquistar 10% dos mercados dessas energias renováveis, até 2028.

Mas sem controlar os preços, esse objetivo dificilmente será alcançado. O preço do botijão, por exemplo, subiu como um foguete. E a margem das poucas distribuidoras disparou ainda mais. Enquanto a inflação acumulada foi de 33%, o valor do gás subiu 92%. Por isso, o Governo olha e vê um oligopólio. E pra combater, nada melhor do que alguns bilhões de investimento pra colocar seus caminhões tocando 'Pour Elise' nas ruas.

Todos esses movimentos mostram que a volta da Petrobrás para a distribuição de gás de cozinha não foi definida pelo lucro e sim pelo propósito social. Agora é acompanhar e ter certeza que cada centavo está sendo aplicado nos lugares certos.

Afinal, o propósito é lindo, mas a tentação é sempre grande...

 

12/08/2025
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Postado por: Tai Kawasaki
Você vai pra loja para comprar ou compra online?

Na semana passada, a Sequoia esteve em Goiânia para realizar um trabalho junto a um cliente sobre o processo de Leads.

Foi uma semana extremamente produtiva, na qual discutimos a importância dos Leads para o negócio da concessionária e como essa etapa é parte undamental do processo de vendas.

Quem coloca foco nessa área certamente colherá resultados sólidos no futuro próximo. Para isso, ter uma equipe qualificada e bem treinada é tão importante quanto contar com um processo estruturado.

Definir claramente as responsabilidades de cada integrante — desde o recebimento e o aquecimento dos Leads até o encaminhamento dos Leads quentes para fechamento do time de vendas — é essencial para que o time funcione de forma eficiente e gere resultados.

Pode parecer simples, mas, se o fluxo não estiver claro e alinhado, e se não houver trabalho em equipe, o resultado final pode ser comprometido.

Existem cases de sucesso no mercado em que a participação das vendas provenientes do canal "online" sobre o total das vendas da loja, é acima de 35%.

Esses números devem aumentar ainda mais, considerando que o fluxo de loja físico está diminuindo a cada dia.

Coloque a Central de Leads na sua lista de prioridades, essa é uma estratégia de sobrevivência!

Fale com a gente se quiser saber mais sobre o tema.

12/08/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Vou começar lhe fazendo umas perguntas:

A Reforma Trabalhista foi uma evolução? Ou um retrocesso? Nossas leis são uma proteção para o trabalhador? Ou uma âncora na relação Patrão-Empregado?

Em 2017, com a Reforma, as leis ficaram mais suaves e a terceirização passou a ser permitida. Quer dizer, sempre foi, mas antigamente só nas chamadas atividades-meio, tipo segurança ou limpeza. Nas chamadas atividades-fim, um pedreiro na construção civil, um gerente na linha de produção, ou um diretor de qualquer empresa, todas as funções passaram a ser possível de serem exercitadas através de prestação de serviço.

Virou febre. As empresas passaram a demitir e, ao recontratar, oferecer o cargo a profissionais donos de micro-empresas. Principalmente em funções com maiores salários. A pessoa é a mesma, a função, a mesma, mas ao invés da relação ser com uma pessoa física, passou a ser com uma pessoa jurídica. Vantagens haviam para as duas partes. O custo com impostos e taxas cai e parte da economia vai pro bolso do contratado. A empresa paga menos, o trabalhador ganha mais. Tudo dentro da lei. E quem sai perdendo é o Governo, que deixa de arrecadar.

O efeito? Dispararam as relações entre empresas e funcionários contratados como Microempreendedores Individuais, os famosos MEI. De 4,5% para 6,5% de todas as relações trabalhista. E também cresceu as ações na justiça pedindo vínculo trabalhista, chegando, da média histórica de 5% a 8,3% de todos os processos. O Supremo Tribunal Federal já marcou um audiência para avaliar os resultados dessa Pejotização na arrecadação do Governo. Vai ser o Legislativo analisando o trabalho do Executivo.

Importante ressaltar que o contigente que mais cresce nessa relação patrão-empregado é a de contratações informais. Dos 25 milhões de trabalhadores por conta própria que o Brasil tinha até junho, aqueles que não têm carteira assinada, 80% não abriram uma MEI. Ou seja, não estão cobertos nem pela CLT nem por nenhum outro tipo de relação comercial. E numa pesquisa feita pelo hashtag#DataFolha, no mesmo mês, 59% dos pesquisados não querem um emprego formal. Querem trabalhar por conta própria.

O importante é perceber que a relação trabalhista mudou em Terra Brasilis. E, num momento que o desemprego atinge seus menores índices e em que vários economistas anunciam que estamos numa fase de pleno emprego, balançar o barco pode jogar fora todo o novo equilíbrio que está se formando.

E aí? Qual a sua opinião? 

 

11/08/2025
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