Até poucos dias, a empresa de Alê Costa era perfeita, sonho de consumo de quem queria uma franquia. Hoje, é uma presença nociva no mercado de chocolates do Brasil.
Não tenho nenhuma prova de qual lado teria razão, a empresa ou os reclamantes, mas já me posto a favor da Cacau Show. Parece precipitado, mas vou me explicar.
Todas as reclamações que li são parte de qualquer alegação de franqueados que, por alguma razão, não deram certo. Excesso de lojas, taxas abusivas, produtos errados, tudo isso aparece como explicação, quando o lucro some. Independente do segmento.
O caso me lembra a briga judicial que 40 franqueados do McDonalds moveram contra a empresa, no início dos anos 2000. Na época, eram 122 empresários tocando 225 lojas. Um terço deles criou uma associação e foi à justiça alegar que o aluguel que pagavam era abusivo, e que o excesso de pontos era prejudicial. Demorou, mas o caso foi resolvido, com a saída de todos os reclamantes, que acabaram vendendo suas lojas. E hoje, 25 anos depois, a empresa quadruplicou seus pontos de vendas e estão "todos bem, obrigado".
Coincidentemente, os dois movimentos aconteceram após alguma crise. No caso do Méqui, depois da crise de 1999. Com a Cacau, após a pandemia. Em comum, os tempos difíceis fizeram desaparecer as vendas e o dinheiro. Aí, quem já tem ganho pouco em tempos de vacas gordas, passa a perder, quando as bovinas emagrecem. E, como diz o ditado, em casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão.
Em favor dos reclamantes, a própria Cacau Show já vem dando entrevistas falando que está próxima ao limite máximo de franquias que poderiam ser abertas. Hoje são 4.661 das possíveis 5.500 que as cidades brasileiras comportariam. Mas ainda faltam quase mil...
Cada franqueado e a empresa querem o mesmo. Ganhar dinheiro vendendo chocolate. Mas o lucro não vem automaticamente. Dá trabalho. Não estou dizendo que não haja esforço, por parte dos reclamantes. Só que isso faz parte do negócio.
Cacau Show está quieta. Demais. Talvez esperando a marola passar. Só precisa se preocupar, pra que a crise não vire um tsunami...
Fonte da imagem: ChatGPT
Porém, em uma revisão recente, a entidade reduziu essa estimativa.
A nova previsão aponta para 2,559 milhões de unidades, o que representa um crescimento de apenas 3%.
Como já era esperado, 2025 está sendo um ano desafiador, marcado por crédito caro e escasso, fatores que inevitavelmente impactam o ritmo das vendas.
Além disso, a Toyota foi afetada por um desastre natural, o que também influenciou negativamente o desempenho do mercado.
Por outro lado, as marcas chinesas seguem em expansão na comparação com o mesmo período de 2024:
BYD: +49%
GWM: +31%
CAOA CHERY: +11%
O avanço de BYD e GWM é impulsionado principalmente pelos produtos no segmento de híbridos, reforçando uma tendência que venho destacando de que o crescimento dos híbridos será mais consistente e acelerado do que o dos elétricos puros.
Saiu em 2020, quando já havia se transformado num personagem de desenho animado, que encerrava os comerciais. Estou falando daquele matuto que, nos comerciais da hashtag#Ipiranga, sempre respondia "Lá no posto Ipiranga..." A campanha fez tanto sucesso que o bordão virou sinônimo de um lugar que tem solução pra tudo.
Veio o Paulo Guedes, o ministro, e o apelido de posto ipiranga pegou. Também, né, pra toda pergunta que a imprensa fazia pro presidente Bolsonaro, a resposta era sempre "É com o Paulo Guedes". Igualzinho o personagem do comercial. Coincidência ou não, entra o ministro, sai o personagem. Talvez a petroleira tenha querido evitar misturar propaganda e política.
Mas a política parece que gosta da Ipiranga. Com os escândalos da Faria Lima, onde vários postos foram pegos fazendo coisa errada, ela resolveu que era hora de reforçar a confiabilidade da sua marca. E aí, convocaram de novo o capiau. Que no comercial está de cabelos brancos mas, como ele mesmo diz, não ficou burro e continua confiando na empresa de sempre.
É difícil avaliar de longe, mas olhando as campanhas desses últimos cinco anos, com o slogan “Completa pra mim”, eu também tive saudades do velhinho. Os meus anos de Shell me ensinaram uma coisa: pouca gente gosta de ir a postos de gasolina. Até mesmo as lojas de conveniência têm um quê de negativo, pois são vistas como careiras. As pessoas escolhem o posto de preferência pela localização, facilidade, simpatia dos frentistas e por último, muito longe, a qualidade do combustível.
Tirando os produtos aditivados, pra maior parte das pessoas, “gasolina é tudo igual“. O maior medo é do combustível adulterado e, por isso, é tão importante confiar na hashtag#marca da petroleira. A figura conhecida do personagem passa credibilidade e confiança. O comercial em si não é tão engraçado assim, mas cumpre muito bem seu papel: dar conforto emocional a quem precisa abastecer seu carro.
Gostei do plot twist da Ipiranga. Agora é torcer pra que nenhum outro ministro ganhe o mesmo apelido…
Ou seria casa de hambúrgueres? Sei lá como chamar, mas sei que essa rede pequena, de quatro lojas físicas e três dark kitchens (aqueles locais que preparam lanches e pratos pra diversos restaurantes, que distribuem por delivery) é topetuda como um quê.
O dono, Henrique Azeredo, já fez acordos com vários concorrentes, pois trabalha o posicionamento de ser a casa do sanduíche tradicional, aqueles pequenos e simples feitos pelo McDonalds e outros pioneiros, quando apareceram nos anos de 1950. É como se fosse uma garantia de que o formato original não vai morrer.
De toda forma, o que me chama a atenção é o salto de fé que Henrique deu, ao sair de uma simples loja de bairro para um ponto 24 horas dentro do aeroporto mais movimentado do Brasil, o Aeroporto de Cumbica, em São Paulo. Se der certo, vai virar gente grande. Se der errado…
Eu já fui lá ajudar a construir o sucesso da Patties. E vamos continuar por aqui, comendo seus smashburgers e acompanhando suas aventuras…
Nos ensina a entender a vida e a tomar melhores decisões. Então, faço pesquisa em tudo, inclusive no LinkedIn.
Aproveitei a campanha do Rei Roberto Carlos, do Banco Mercantil, para testar títulos. Não é a primeira vez, mas os resultados me deixaram intrigados. O teste é simples: Será que o título aumenta a leitura? E o engajamento?
Três semanas atrás, soltei dois posts idênticos, mesmo texto, mesma foto, tudo....menos o título. Num, escrevi "O Banco do Rei". Foco no banco e na crença de que todos reconheceriam o cantor. No outro, "Roberto Carlos virou garoto propaganda", dando destaque na novidade de RC estar fazendo propaganda. Fora isso, 45 minutos de diferença de publicação.
Os resultados? O "Banco do Rei" foi melhor em tudo. Deu 23 mil visualizações contra 13 mil. 47% a mais de pessoas, mais que o dobro de comentários e um número pouco maior de compartilhamentos. Só que, quando vemos o engajamento por post, uma surpresa.
Falar do novo emprego do Roberto faz as pessoas se manifestarem mais, percentualmente falando. Os leitores do "Roberto Carlos virou garoto propaganda" compartilharam 50% mais. Ou seja, se envolveram tanto com o tema que quiseram fazer com que outras pessoas também conhecessem a nova trajetória do cantor.
Sei que o algoritmo muda de tempos em tempos. E que esse ser supremo é diferente de Rede Social para Rede Social. Mas o primeiro impulso ainda é humano. Somos nós que indicamos para ele o que queremos ver.
No fim, descubro que Roberto Carlos é um cantor que todo mundo reconhece. Mas que fofoca é, ainda, o principal motivo de engajamento da humanidade...