Querem fazer tudo diferente. E isso é muito bom pra certas empresas.
Só isso pra explicar o primeiro lugar do Burger King no estudo Kantar Brand Footprint entre o que eles chamam de Quick Service Restaurants e nós, simples mortais, chamamos de fastfood. Mas peraí... BK está na frente do Méqui somente entre os hashtag#consumidores das Gerações Alpha e Z, ou seja, dos que nasceram depois de 1997.
Isso não é pouca coisa. Garantir a preferência daqueles que estão começando a consumir (e a decidir onde gastar) é fundamental pra quem quer ter vida longa. BK mirando os espinhudos, coloca a líder de vendas contra a parede.
A comunicação da empresa tem a inquietude de quem está se descobrindo na vida. Não concorda com nada, faz crítica a tudo, provoca o concorrente e tem um humor mordaz. Com isso, fala com o adolescente, que quer tudo, menos o que os pais falarem pra fazer. É pra arrumar a cama? Deixam pra lá. Comer de boca fechada? Nem pensar. "O mundo vai ser do meu jeito!" Esse é o lema, e BK pegou a vibe.
Por outro lado, Méqui é a opção infantil que os pais amam. Aliás, eles cresceram num mundo sem BK e por isso adoram os arcos dourados. O filho vai, sorridente, atrás do McLanche Feliz até o dia em que o vírus da adolescência o contamina. E só vai se curar quando, mais velho, tiver filhos. Se curar...
Méqui até tenta falar com esse público. A campanha do Mequizice é uma tentativa. Só que é uma comunicação de velhos usando uma linguagem jovem. Nada contra. Mas longe de dar sandubas de graça pros carecas, ou de se associar com o Nubank. Isso, só BK.
Estamos tendo, de graça, mais uma aula de marketing ao vivo. Duvido que Méqui vai ficar quieto vendo toda essa movimentação. Sorte que a diretoria de marketing do BK, com a saída de Igor Puga, está vaga. É tempo pra ela virar os canhões e buscar acertar o público que está perdendo.
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Está sobrando carros novos devido a alta capacidade de produção e o jeito está sendo o de emplacar carros zero e vender como seminovo.
Quando se fala em "jeitinho chinês", não como não lembrar do "jeitinho brasileiro". Será que importaram a pratica para lá?
O equilíbrio entre a produção e vendas sempre é complicado quando existe uma cadeia de produção gigantesca, com uma quantidade imensa de fornecedores de segundo, terceiro, quarto tier. É uma cadeia longa e difícil de controlar.
A estratégia ideal é a de mercado, onde a demanda determina a produção e não onde a produção define a demanda.
O segundo cenário, é o chamado "PUSH" (empurra) onde a produção despeja carros novos no mercado e o mercado é obrigado a absorver.
Na minha opinião, o melhor é o "PULL" (puxa), onde a demanda é que determina quanto as fábricas devem produzir. Isso é o que a Toyota adota como estratégia, que na realidade é chamado até de "jeito Toyota".
A verdade é que, quanto mais as montadoras empurram carros para o mercado que não tem a demanda, mais descontos elas tem que dar e isso diminui as margens. Chegando no extremo como na China, onde emplacar carros novos para vender como seminovos, implica em descontos de 30 até 40% e o excedente desviado para exportação.
O consumidor pode até ficar feliz, mas não é nada saudável para as montadoras e para o livre mercado.
Será que essa crise vai ajudar a inundar o Brasil com carro chineses?
Até poucos dias, a empresa de Alê Costa era perfeita, sonho de consumo de quem queria uma franquia. Hoje, é uma presença nociva no mercado de chocolates do Brasil.
Não tenho nenhuma prova de qual lado teria razão, a empresa ou os reclamantes, mas já me posto a favor da Cacau Show. Parece precipitado, mas vou me explicar.
Todas as reclamações que li são parte de qualquer alegação de franqueados que, por alguma razão, não deram certo. Excesso de lojas, taxas abusivas, produtos errados, tudo isso aparece como explicação, quando o lucro some. Independente do segmento.
O caso me lembra a briga judicial que 40 franqueados do McDonalds moveram contra a empresa, no início dos anos 2000. Na época, eram 122 empresários tocando 225 lojas. Um terço deles criou uma associação e foi à justiça alegar que o aluguel que pagavam era abusivo, e que o excesso de pontos era prejudicial. Demorou, mas o caso foi resolvido, com a saída de todos os reclamantes, que acabaram vendendo suas lojas. E hoje, 25 anos depois, a empresa quadruplicou seus pontos de vendas e estão "todos bem, obrigado".
Coincidentemente, os dois movimentos aconteceram após alguma crise. No caso do Méqui, depois da crise de 1999. Com a Cacau, após a pandemia. Em comum, os tempos difíceis fizeram desaparecer as vendas e o dinheiro. Aí, quem já tem ganho pouco em tempos de vacas gordas, passa a perder, quando as bovinas emagrecem. E, como diz o ditado, em casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão.
Em favor dos reclamantes, a própria Cacau Show já vem dando entrevistas falando que está próxima ao limite máximo de franquias que poderiam ser abertas. Hoje são 4.661 das possíveis 5.500 que as cidades brasileiras comportariam. Mas ainda faltam quase mil...
Cada franqueado e a empresa querem o mesmo. Ganhar dinheiro vendendo chocolate. Mas o lucro não vem automaticamente. Dá trabalho. Não estou dizendo que não haja esforço, por parte dos reclamantes. Só que isso faz parte do negócio.
Cacau Show está quieta. Demais. Talvez esperando a marola passar. Só precisa se preocupar, pra que a crise não vire um tsunami...
Fonte da imagem: ChatGPT
Montadoras e concessionárias. Neste mês, a Automotive Business traz um novo artigo em que comparo o comportamento da Fiat e Volkswagen com o mundo náutico.
Nele, relembro que montadoras são enormes transatlânticos, difíceis de mudar a rota, e que precisam das concessionárias, pequenos e fortes rebocadores, para chegarem sãs e salvas no porto chamado participação de mercado.
O problema é que só existe um primeiro lugar. E todas querem chegar no topo do pódium. Então, direção e velocidade é importante, tanto quanto a capacidade de entender as minúcias do varejo.
Montadoras entendem de longo prazo. Mas são as concessionárias as reais donas do gosto do consumidor, pois vivem o dia a dia da venda.
É o casamento das duas pontas, montadora e rede, que fará a diferença e definirá o líder. Fiat sabe como fazer as coisas e quer manter-se em primeiro. Mas Volks tem muita vontade de voltar a ser a número um no Brasil e está num bom momento.
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Vai ser um prazer analisar essa aula de marketing ao vivo com você.
Fonte da imagem: ChatGPT