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O mais forte argumento da grande imprensa contra os influencers, bloggers e outros geradores de notícias sempre foi de que os jornais se preocupam em averiguar as fontes.

25/05/2025
Postado por: Murilo Moreno

Algo tipo: "em nós, você pode confiar. Neles, a falta de levantamento e os fakenews podem levá-lo a acreditar em mentiras ou histórias inventadas".

Considerando isso, os meios de comunicação tradicional seriam o último reduto da verdade. Mas parece que, depois da escorregada do Chicago Sun Times, nem neles podemos confiar.

Domingo, o jornal trouxe um encarte com dicas das melhores coisas pra se fazer nas férias de verão, que começam por lá quando o inverno chega nas Terras Brasilis. Uma publicação que, na teoria, teria pouca chance de ferir a credibilidade de um veículo de comunicação fundado há quase 100 anos.

Só que a lista de livros para se ler era quase toda falsa. Autores verdadeiros, com títulos inventados por inteligência artificial. Pra piorar, em vários lugares do encarte, as pessoas consultadas também eram falsas.

O Sun-Times rapidamente acusou a King Features Syndicated, uma distribuidora de conteúdo, que já apontou o jornalista Marco Buscaglia como o autor da façanha. Ele assumiu a culpa, dizendo que não checou o que a IA gerou, o jornal disse que notícias feitas por computadores fere a sua política interna, e bola pra frente! Vamos todos ficarmos quietinhos pra deixar o tsunami passar... SQN.

Notícias falsas nunca foram uma exclusividade da IA. Tanto que sempre existiram os jornais de escândalos, antigamente chamados de jornalismo marrom. A grande questão é o quão vulneráveis nos tornamos à medida que as fontes de notícias se multiplicaram, com o crescimento das redes sociais.

Estamos vivendo uma revolução no jeito de recebermos notícias e sermos informados. E não temos distanciamento suficiente para entender todas as consequências dessa mudança. Mas uma coisa posso dizer: Não dá pra confiar nem na própria sombra.

Confira se essa história é verdade em: CLIQUE AQUI

 

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Postado por: Murilo Moreno
Um dia, me contaram que o produto mais vendido em farmácias, hoje em dia, é a paçoca da Paçoquita.

Fiquei em dúvida, até ver todo o agito que a marca tem feito no mercado. Se tem empresa que descobriu a inovação, essa é a fabricante desse doce em forma de rolha.

Devo confessar, sou viciado em paçoca. E a Santa Helena, pra mim, faz a melhor do Brasil. Sei que a Amor é mais tradicional, pois foi criada bem antes, em 1959. Paçoquita é uma jovem de 43 anos, comparada com a concorrente. Mas, em muito menos tempo, ocupou um espaço que a tornou líder de mercado.

Santa Helena compra quase 25% de toda produção de amendoim do Brasil. É uma potência. E conseguiu fazer com que o doce deixasse de ser exclusividade das festas juninas. Se num primeiro momento foi só aumentar a distribuição e criar embalagens individuais, agora que o mercado já deve estar saturado, tiveram que inventar uma nova solução.

E as collabs foi a saída. Começaram timidamente dois anos atrás e, hoje, estão por tudo quanto é lado. Todos os produtos que você vê no card desse post foram lançados de dezembro para cá. Fizeram panetone com a Havana, ovo de Páscoa e bombom com a Top Cau e vão lançar um produto específico pro Halloween com a Fini. Viraram bala com a Cory, e até sorvete com Kibon. Fora sabores novos como o coco queimado.

Essa é uma questão muito interessante. Daria até pra falar que a Fini é que é criativa, que a Kibon é quem tomou a iniciativa... Daria, se não fossem tantas novas versões em tão pouco tempo. O que a gente está vendo é a exeução de uma estratégia de ocupação de espaços. De um doce de uma festa específica, para o sinônimo de doce em qualquer formato.

Teve um presidente da Coca Cola que disse que a missão dele era colocar o produto em todos os lugares, até na torneira de todas as casas. Aposentou tentando. Santa Helena parece ter o mesmo sonho. Como dizem os americanos, até agora, tudo bem.

Vamos aguardar, pois deve vir mais coisa por aí. pois nem chegamos no meio do ano. Se alguma coisa pode parar a empresa é a falta de matéria prima.

2025 tem sido um ano de boas aulas ao vivo de marketing, não é mesmo?

 

27/05/2025
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Postado por: Murilo Moreno
A Havanna acabou de lançar sua sorveteria.

E, pra entrar no novo segmento, escolheu o Brasil. Seu primeiro quiosque fica num shopping, em Porto Alegre, e começou a gelar gargantas a partir desta quinta-feira. A pergunta que fica é: Por que as Terras Brasilis e não Argentina?

Acontece que a marca tem uma presença maior em nosso país do que no nosso vizinho. Pelas informações divulgadas pela própria empresa, são 260 x 202. Podemos ter perdido a última Copa, mas nesse jogo a gente lidera. Ajuda o tamanho, a economia e a população ser maior. Mas talvez o ponto mais importante é o desenvolvimento enorme que o mercado de sorvete teve nos últimos anos.

Não sei se a Bacio di Latte iniciou essa mudança toda, mas tranquilamente é a que melhor tem surfado a onda. Em 14 anos, chegou a 200 lojas e mais de 8 mil pontos de vendas. Várias outras marcas começaram a aparecer, mas nenhuma com tanto apetite.

Havanna tem pressa. Divulgou que quer chegar a 50 pontos em 2025 e a 120 até final de 2026. Demorou quase 20 anos pra abrir suas 260 cafeterias e vai fazer quase a metade de sorveterias em um ano? Acho muita pretensão, mas cada um sabe o que faz...

O maior problema é evitar o conflito de canais, já que as sorveterias também vão vender café e alfajor. E não é muito difícil acreditar que as franquias atuais possam se adequar pra também vender sorvete. Talvez, no futuro, tudo seja uma coisa só. O que faz muito sentido. Só olhar, novamente, pra Bacio, que já tem lojas que oferecem o café ao lado do gelado.

De toda forma, o que vemos é o mercado de sorvetes premium, aos poucos, sofrendo o efeito "Paletas Mexicanas". Tem dinheiro? O mercado é grande? Também vou aproveitar... E aí, todo mundo parece querer abrir uma sorveteria pra chamar de sua. No final, ninguém ganha e um tanto de gente, que colocou dinheiro nas franquias, quebra.

Está caro provar o sorvete da Havanna. O copinho custa dezoito reais, mas tem ainda a passagem aérea. Então vou esperar a novidade chegar a São Paulo, o que deve acontecer rapidinho...

Adoro essas aulas de marketing ao vivo!

 

Fonte da imagem: Instagram da marca

26/05/2025
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Postado por: Murilo Moreno
O Volkswagen Tera vai ser o novo líder de vendas do mercado brasileiro.

Essa frase não é minha, mas do presidente da montadora, Ciro Possobom. Ele anunciou, em alto e bom tom, a missão do carro, durante a coletiva de imprensa, realizada ontem.

Durante a semana, a Fiat tinha apresentado o Pulse reestilizado e escondido o preço, dizendo que iria aguardar a "movimentação do mercado". Líder esperando o concorrente? Parece que os papéis se inverteram. E o presidente da VW agiu como um tubarão, quando sente cheiro de sangue na água. Correu pra dar o bote e fazer um preço imbatível.

Que quero dizer com isso? Quando desistiram de lançar um novo Gol e resolveram fazer um SUV pequeno, a turma acertou. O Tera parece ser um degrau acima do Polo, só pela frente alta que tem. Isso significa ocupar um outro segmento na cabeça do cliente.

Por isso, o valor revelado para a versão de entrada, R$ 99.990,00 passa um atestado de que carro no Brasil está caro. O SUV ficou somente quatro mil acima do Polo Track. E sete mil do Citroën Basalt. Olhando o que esses dois modelos têm de conteúdo, e considerando que eles são mais velhos, o Tera é uma pechincha. Ou todos os demais é que têm preço muito alto.

O valor vai balizar a reação da Fiat. Se for maior do que o VW, vai ser um carro reestilizado com preço alto. Se for menor, a pergunta do mercado vai ser porque não abaixou antes. De todo modo, a estratégia de precificação saiu das mãos da italiana e foi pra alemã. Péssimo sinal pra quem quer continuar líder.

Fiat vai reagir, com certeza. Está no sangue dos ítalo-mineiros. E essa briga tende a favorecer o consumidor. O que dá pra acreditar é que o ano de 2026 vai ser de disputa carro a carro. E quando as grandes lutam, as pequenas sofrem.

Os próximos meses, as aulas de marketing ao vivo serão uma pós-graduação. E estamos aqui, prontos para aprender.

 

Fonte da imagem: Divulgação

26/05/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Definitivamente, a propaganda migrou de forma.

Esqueça os 30 segundos da mídia paga que interrompe sua vida e dê boas-vindas aos vídeos que você assiste porque quer. Pelo menos é o que os novos comerciais da Vivo e Tim parecem nos dizer.

Sempre que acontecem essas coincidências de lançamento de produto ou campanha ao mesmo tempo, tenho a impressão de que os concorrentes sentam juntos pra combinar suas estratégias. "Que tal lançar uma campanha no meio de maio?" "Uhm... pode ser no finalzinho? Tava pensando em fazer um curta e não um comercial..." "Nossa! Que ideia boa. Também vou fazer..." "Fechado!"

Aí acontece o que rolou. Um dia a Tim lança uma campanha contando a vida do João Maia, um fotógrafo com deficiência visual que roda as Paralimpíadas cobrindo o evento (CLIQUE AQUI), na outra semana, a espanhola Vivo coloca no ar a websérie com a Denise Fraga falando sobre viver off line (CLIQUE AQUI). Não sei quem vai dar mais ibope do que quem. Mas apostaria na Vivo, devido a sua consistência.

A história do fotógrafo é interessante, mas é um pouco distante de quem assiste. É preciso interpretar que, assim como ele ultrapassou a deficiência, também "Você pode tudo", o novo hashtag#posicionamento da Tim. Já a Denise, no primeiro episódio da websérie é direta. "Larga o celular, olha pra mim, me abraça, fica aqui do meu ladinho, quietinho". O convite é mais um tijolinho da mensagem de se conectar com o que realmente importa, linha que a Vivo adotou no ano passado.

Assista os dois comerciais e chegue à sua conclusão. Mas, vamos concordar. Essa é mais uma fórmula que daqui a pouco vai estar batida. Já tivemos o momento dos vídeos virais, que corriam o mundo pois eram sacadinhas. Depois foi a vez dos manifestos emocionais, quando todas as grandes empresas faziam vídeos de fazer chorar e os lançavam no Youtube. Agora são os curta-metragem.

No fim, vence a empresa que sabe falar com a necessidade do hashtag#consumidor, através da comunicação. E de forma consistente. Pois comunicação eficaz é isso. Contar todos os dias, pra quem possa comprar seu produto ou serviço, a mesma história, independente do formato ou do local.

Isso, sim, separa as grandes empresas daquelas que vão ficar pelo caminho.

 

23/05/2025
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