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A Amazon e outros players podem ter criado o maior desafio para as empresas.

26/03/2025
Postado por: Os Agilistas

 

Saúde mental no compliance | Valor da IA para as empresas | Influência da Amazon no varejo e muito mais...

Lidar com equipes multigeracionais é um desafio para as pessoas - Uma pesquisa do GPTW mostrou que 52% das pessoas têm essa resistência, por isso, trouxemos dicas práticas neste artigo para você descobrir como integrar as Gerações X, Millennials e Z no trabalho. 


Google adquire Wiz para fortalecer seu foco em cibersegurança - A gigante anunciou a aquisição da empresa para oferecer soluções avançadas em multicloud com a complexidade dos ciberataques tomando proporções gigantescas. Saiba mais
Vendas no varejo dos EUA se recuperam em fevereiro - Após queda de 1,2% em janeiro, vendas aumentaram 0,2%, indicando crescimento econômico moderado. Tarifas sobre importações e demissões federais ainda impactam a confiança do consumidor. 

Se a maioria das empresas diz ter adotado a IA, como é possível que elas não estejam conseguindo metrificar o lucro que a tecnologia está retornando? Ao mesmo tempo, os consumidores estão pressionando cada vez mais as organizações para personalizarem suas experiências. Na nossa conversa de março, vamos nos aprofundar nas principais “dores de cabeça” dos líderes atualmente, sejam elas internas ou externas à empresa.

Confira:

Crise de saúde mental no Brasil também é questão do compliance
O recorde de 472 mil licenças por transtornos mentais em 2024, segundo o Ministério da Previdência Social, não é apenas um indicador social, mas um sinal vermelho para as empresas.

Enquanto isso, a McKinsey Health Institute aponta que líderes avaliam o bem-estar de suas equipes 22% mais positivamente que os próprios colaboradores.

Com a saúde mental no trabalho sendo incluída na NR-1 e dando possibilidade de penalidades, o risco é muito mais complexo do que se pensa e esbarra em um importante indicador de saúde corporativa: o desengajamento progressivo.

No nosso report de dados de 2025 já tínhamos levantado essa questão que agora parece estar ganhando cada vez mais relevância. Os modelos de trabalho híbridos têm tudo a ver com este desafio, mas não como você pensa.

Um estudo da KPMG mostrou que houve um aumento de denúncias corporativas em 28%. Então, empresas que não integrarem os riscos psicossociais ao seu mapeamento de prioridades enfrentarão grandes consequências.

Os líderes agora estão entrando em uma jornada que envolve uma complexidade emocional grande e será preciso cultivar conexões autênticas, independente se o colaborador estiver de forma física ou à distância.

No fim, o que está em jogo não são apenas multas ou o compliance, mas a sustentabilidade dos negócios. Este desengajamento ligado ao desgaste mental impacta diretamente o colaborador, mas também a geração de valor no longo prazo. Não é mais uma questão apenas pessoal, mas profissional também.

Em paralelo

Pode parecer óbvio, mas profissionais felizes impulsionam o lucro das empresas. Estudos mostram que a satisfação dos colaboradores eleva produtividade e sucesso financeiro a longo prazo. O problema? O Brasil é o 4º país com mais profissionais tristes na América Latina. Veja os dados

O problema não está onde parece...
Dado alarmante: 80% das organizações que estão investindo em IA generativa não conseguem detectar uma lucratividade operacional direta, segundo dados da McKinsey.

Mas o que ninguém está falando é que o verdadeiro paradoxo não está na tecnologia em si, mas na abordagem.

Já virou até clichê falar que se usa IA nas empresas. Enquanto todos discutem “qual ferramenta de IA adotar”, a pesquisa da McKinsey mostrou uma verdade inconveniente: a tecnologia é o menor dos desafios.

O que realmente diferencia os 20% que estão prosperando não é a sofisticação dos seus algoritmos, mas a reestruturação fundamental da organização ao redor deles.

Inclusive, contrariando pensamentos populares, a força de trabalho não está sendo substituída, mas sim sendo requalificada – o estudo mostra.

Agora esse está se tornando um caminho mais comum dentro das empresas e a redução de pessoal permanece relevante apenas em organizações muito grandes. Isso porque, são nesses locais onde a automação por IA generativa tem maior demanda.

O que precisa mudar primeiramente é a forma de pensar e reagir. A IA exige uma nova arquitetura organizacional:

CEOs diretamente envolvidos na governança de IA e não apenas como iniciativa de TI. A pesquisa mostra que existe uma relação direta entre a supervisão do CEO e o impacto financeiro;
Um redesenho completo dos fluxos de trabalho precisa ser feito para que o uso da IA não seja apenas com automações pontuais;
É preciso ter times dedicados para entender e mensurar a geração de valor da tecnologia.

A questão que fica é: sua empresa está tentando encaixar a IA em estruturas projetadas para uma era pré-IA?

Em paralelo

O futuro da inovação está nas conexões humanas. Essa foi a conclusão que uma COO chegou após entender que a incerteza e os encontros inesperados são combustíveis para criatividade e inovação no mundo corporativo. Clique para ler

A corrida agora é pela experiência perfeita
Neste mês do consumidor, é importante sempre lembrar que quando gigantes de determinado setor fazem um movimento, ele influencia todo o mercado. O consumidor rapidamente normaliza o extraordinário e acaba se tornando requisito mínimo para todos os outros players.

Enquanto você lê este texto, a Amazon acaba de fechar uma parceria com a Latam para reduzir entregas para apenas dois dias em 11 estados brasileiros.

Isso só nos revela como a experiência omnichannel cresceu nos últimos anos e cada vez mais será cobrada uma experiência completa dos negócios.

Dados da Octadesk em parceria com o Opinion Box confirmam essa transformação: 64% ainda preferem lojas físicas (3 a menos que em 2024), enquanto 77% já compram online.

O consumidor moderno não quer mais escolher apenas canais, ele quer ter a opção de ter uma experiência rápida ou mais imersiva a depender da sua necessidade do momento. Por isso, o mesmo estudo mostrou que 68% deles consideram a personalização decisiva.

Mas e os desafios? Estão nas extremidades. A experiência precisa começar antes mesmo da compra, no pré-venda, até após a finalização da compra, onde é frequentemente negligenciado.

É “fácil” investir milhões para atrair novos clientes, mas quantas empresas realmente investem na jornada de compra com o mesmo cuidado da Amazon?

Se o cliente ainda é tratado como um visitante anônimo antes da compra e como um “pedido finalizado” depois dela, o quanto seu negócio está sacrificando da sua capacidade operacional e de conversão?

Dica do mês
Mas a chamada “hiperpersonalização” não depende apenas da vontade de inovar, mas de muita pesquisa, investimento financeiro em estrutura, além de profissionais qualificados. Então, agora está mais difícil? Não necessariamente. Murilo Moreno, autor, consultor e palestrante, trouxe uma importante reflexão sobre o tema. Confira:

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Postado por: Murilo Moreno
Recebo uma mensagem do meu amigo Hamilton Leão com o novo comercial da Jeep.

Novo comercial da Jeep (CLIQUE AQUI). "O que você acha?" Pergunta direta, resposta simples. Creio que um raio não cai no mesmo lugar duas vezes. E essa é mais uma campanha com a série The Last of Us. Não pode ser coincidência.

Semana passada, Nubank colocou no ar sua versão do mesmo tema. Um vídeo com o ator Antônio Fagundes, que é fã da série, se preparando pra viver um dos personagens. Tudo isso pra anunciar seu programa de Fidelidade, o Nubank+. Agora Jeep. Se você ainda não percebeu, 30 segundos já eram.

O bichinho do marketing que mora dentro de mim vive me repetindo que a propaganda mudou. Os formatos tradicionais ainda estão por ai, mas cada vez mais enfraquecidos. Uma grande parte do dinheiro dos anunciantes migrou para os influencers que, mesmo com pouca audiência, têm um poder de convencimento muito superior a muito comercial. Outra parte está migrando para os curtametragens das marcas, que trocam a veiculação paga pelo interesse do consumidor em compartilhar conteúdos.

Agora, parece que outra tendência está surgindo. São os veículos de comunicação propondo parcerias, não para ganhar dinheiro, mas para ganhar exposição. Os dois exemplos de The Last of Us criam expectativa para o lançamento da segunda temporada. Não é a série gerando reconhecimento de marca. É a marca gerando reconhecimento da série. Teoricamente, todos ganham.

No fundo, o que essa inversão nos mostra é que a propaganda tem se tornado menos uma interrupção e mais um entretenimento. Isso a gente já sabia, há muito se fala das empresas virarem conteúdo. Só que, com a proliferação de streamings e séries, furar o mar de novidades e chamar a atenção tem se tornado cada vez mais difícil. E aí que entra a criatividade.

Onde vai parar? Não sei. Só sei que toda fórmula, repetida à exaustão, para de funcionar. Então, pode apostar, vem mais novidade por aí. Pelo bem, ou pelo mal.

16/04/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Se tem uma coisa que você pode ter certeza é que ninguém fica muito tempo sozinho ganhando dinheiro em qualquer mercado.

Se tem uma coisa que você pode ter certeza é que ninguém fica muito tempo sozinho ganhando dinheiro em qualquer mercado, sem que um concorrente apareça pra morder um pedacinho do sucesso. Parece que esse é o caso do Ifood, dono de 80% do serviço de entregas de comida aqui em Terra Brasilis.

A empresa é impressionante. Matou a Rappi e o Uber Eats. Tem mais de 100 milhões de entregas diárias e 55 milhões de clientes em todo o país. Ou seja, um em cada quatro brasileiros já se cadastrou no aplicativo. Fatura 8 bilhões de reais por mês em mais de mil e quinhentas cidades. Tudo nela é superlativo.

De olho nisso, a Meituan, versão chinesa de aplicativo de delivery, resolveu se instalar desse lado do Atlântico. Ela tem 200 milhões de clientes, que pedem 300 milhões de entregas por ano. Não ache que isso é muito. Pelo jeito, o chinês pede menos entrega que o brasileiro, pois as 100 milhões de deliveries diários do iFood representariam 36 bilhões de entregas anuais. Só que a Meituan é banco, transporte e agência de turismo virtual, tudo num lugar só. E, com isso, seu faturamento final bateu mais de U$ 46 bilhões em 2024. É muito mais do que os R$ 10 bilhões da empresa brasileira.

Com certeza, iFood está mais do que preparada para a chegada de qualquer concorrente. E, junto com a Meituan, deve voltar a 99food, que tem se aventurado em novos mercados, como o de transporte de mercadorias.

Como gosto de dizer, adoro essas aulas de marketing ao vivo. E num momento em que as tarifas do moço de cabelo de fogo tem deixado os mercados agitados, essa lição do mercado de deliveries, com os chineses chegando, é importante pra saber o que vem por aí.

15/04/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Leio na Meio e Mensagem que a Scopen acaba de divulgar uma pesquisa que analisa quais são as características de um bom anunciante, segundo as agências de propaganda.

E o que mais me chamou a atenção foi que entre nove características, a que menos importa é o tamanho da verba. Somente 15% dos entrevistados responderam que dinheiro conta. Só que entre os 10 anunciantes indicados como os melhores do mercado, 10 podem ser considerados empresas que investem bastante.

Isso é interessante: lembro que nas pesquisas que já vi sobre motivos de escolha de um produto ou serviço, em todas elas o preço nunca está em primeiro lugar entre os motivos para se escolher uma marca. Então dinheiro não conta? Não acho que seja essa a questão. O preço, ou a verba no caso das agências, é um fator de eliminação. Quando alguém resolve comprar um produto, primeiro olha pro bolso, depois encontra os motivos pelos quais vai escolher o produto A ou o produto B.

No caso das agências, talvez o perfil das entrevistadas já direcione para grandes contas. Mas quem tem mais verba normalmente consegue contratar melhores profissionais. O que se refletiria num briefing melhor, numa relação de respeito a prazos, até na preocupação em manter a agência satisfeita.

No estudo, as duas características mais indicadas foram relacionamento de longo prazo e remuneração adequada. São mais citadas do que criatividade, o que indica uma visão centrada na agência, e não nos resultados do anunciante. Apesar de trabalharem falando da importância do consumidor o tempo todo, quando têm que definir quais as boas características de bom cliente, a visão é voltada para a própria satisfação. Estranho isso…

Como alguém que já esteve nos dois lados da mesa, digo que todos os pontos podem ser aplicados para a escolha de agência também. Trocando uma ou outra palavra, como por exemplo, briefing por debriefing, que é o momento em que a agência explica o que entendeu do pedido original, as preocupações do cliente são iguais aos da agência. Repito muito para os meus alunos que não existe agência boa sem que o cliente também seja bom, que cada cliente tem a agência que merece.

Fazer comunicação é uma das tarefas mais coletivas que conheço. O criativo que sobe no palco para receber um prêmio, está ali porque o cliente apostou na ideia e investiu dinheiro para colocá-la na rua. Então, quando leio todas as características de uma boa agência, vejo as características de um bom casamento.

Como diz o ditado, quando um não quer, dois não brigam. Não existe um bom trabalho seu esforço de todos os envolvidos.

14/04/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Quase 450 pessoas estavam na fila de espera, nesta última quinta, aguardando ansiosamente a abertura da nova loja de Harry Potter, em Chicago.

Não é que ela fosse abrir somente um dia ou uma semana. É uma loja, que nem Magazine Luiza, ou qualquer outra dessas de shopping. Mas Harry é um bruxo. E tudo que gira em torno dele se transforma, num passe de mágica.

Ser um dos primeiros a entrar na loja não tem valor nenhum, a não ser emocional. A blusa bordada com o nome de uma das Casas de Hogwarts, ou a cerveja de manteiga, que Harry toma na Pousada Três Vassouras, tudo vai estar lá na próxima semana. E na próxima. E na próxima. Mas fã é fã. E poder falar que foi um dos primeiros é o que chamamos de benefício de auto-expressão: mostra pro mundo quem você é de verdade. Serve pra objetos de luxo, pra automóveis, roupas e até pra experiências.

Harry Potter tem todo o potencial pra virar uma nova Disney. Pra mim, é uma franquia até mais forte do que Star Wars. Mas que corre o risco de envelhecer com quem leu os livros e viu os filmes. Ela é uma aventura das pessoas da Geração Z, que hoje estão nos seus 30 anos e com dinheiro no bolso pra gastar. Criar novidades, como novas atrações nos parques e essas lojas temáticas é tudo o que a Universal quer fazer para tirar mais leite da história. Falta lançar novos filmes, séries e desenhos animados, pra rejuvenescer a audiência.

O bichinho do marketing que vive dentro de mim vive repetindo que o futuro do varejo é a criação de experiência. E não tem gente melhor pra comprar experiência do que os fãs. Eu mesmo sou um exemplo típico de onde chega esse fanatismo. Adoro StarTrek e dentro da minha mochila, que viaja comigo pra tudo quanto é lado, vive uma revista do tema. Porque, eu não sei. Já li toda ela e agora está lá só pra me acalmar a ânsia de estar perto dos capitães e naves estelares da série.

No fundo, deveríamos fazer isso com nosso consumidor, esse ser insensível. Transformá-lo num fã, num defensor, num verdadeiro tarado, que fica horas e hora na fila pra ser um dos primeiros a ter o prazer de fazer negócios com a gente. Desse jeito, você não vende mais. É ele que lhe compra.

14/04/2025
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