Apesar dos pessimistas de plantão, que disseram que estaria quebrando e indo embora do país, a empresa está soprando as velinhas do bolo sem parecer que queira mudar de ares. Nesses anos, abriu mais de 600 lojas, somente no estado de São Paulo. É como se o resto do Brasil não existisse pra ela.
E não existe mesmo, de acordo com o que andou dizendo seu presidente. A estratégia é esgotar as oportunidades no estado antes de pular pro Paraná, o que, pelo que andaram falando, seria seu segundo foco. Tudo isso por uma questão de logística, pois a reposição fica mais fácil, rápida e barata. Pra quem é do varejo, ficar de olho na Ôcho é importantíssimo. Eles sabem o que fazem. Afinal, existem há 45 anos e já ultrapassaram o número de 24 mil unidades em toda a América Latina.
As fofocas de que ela iria embora apareceram quando uma reportagem disse que a Raízen estaria disposta a vender a parte dela no negócio brasileiro. Se é verdade ou não, não tenho a mínima ideia, mas pouco depois a petroleira disse que venderia sua divisão de energia renovável, pra diminuir o endividamento total. Do lado da mexicana Femsa, parece que vai tudo bem. Mas essa bagunça toda parece que fez a empresa diminuir o ritmo de aberturas. Já chegou a abrir 150 por ano. E entre a loja 500 e 600 passaram-se doze longos meses.
No mesmo grupo, as lojas de conveniência Select, que estão em mais de mil e trezentos postos Shell, podem se beneficiar das negociações do grupo como um todo. Mas eu apostaria que essa marca, num prazo de poucos anos, deixará de existir pra ser substituído pela marca Oxxo. Primeiro, a mexicana precisa ampliar pra outros estados. Depois, passar a franquear a marca, já que todas, hoje em dia, são lojas próprias. Aí daria pra fundir.
O importante é ficar de olho e aprender com essa aula de marketing ao vivo. As mensagens publicitárias são claras. De ensinar como falar o nome (Ó-Qui-Sô) pra atual campanha que fala que a empresa está sempre perto pra te salvar a evolução é muito clara. Na famosa Jornada do hashtag#Consumidor, já passou a fase de ser reconhecida pra fase de ser considerada no momento da compra. E sua primeira campanha na TV aberta aposta que ela pode ultrapassar os momentos de urgência pra ser uma opção ao supermercado do bairro, pois começa a anunciar ofertas igualzinho faz o Carrefour ou o Pão de Açucar.
No final, só nos resta cantar "? Com quem será? Com quem será?" Feliz aniversário, Oxxo!
Seus carros eram considerados frágeis e complicados. Tanto que a empresa era a quarta entre as quatro no mercado brasileiro.
Lembro-me de um anúncio do Prêmio, o sedan baseado no Uno, que dizia "Mudamos mais de mil itens no novo modelo ano 1995..." e que eu pensava: Este é um anúncio aprovado por engenheiros, pois quem não gosta da Fiat vai pensar "Mudaram tanto e continuam ruins igual antes". Na minha cabeça mudar não significa, obrigatoriamente, melhorar. Ainda mais quando se tem uma visão prévia rondando na área.
Mas preconceito é tema pra outro post. Aqui quero falar de qualidade. No vídeo, discuto o que o conceito significa, pois é muito comum a gente confundir a qualidade técnica com a percepção de qualidade.
O que quero dizer? Existem critérios mensuráveis para se afirmar se um produto tem ou não qualidade. Mas o que pesa mesmo, no dia a dia, é nossa expectativa versus realidade. Você não compra um tênis de corrida e pensa: "Vou conseguir dar 23.475 passos com ele. Meu tempo vai reduzir em 0,25 segundos no treino no Ibirapuera..." Lógico que tem alguns tarados que sim, mas, no geral, a gente busca conforto para os pés.
Então, qualidade não existe? Para uma complexa pergunta, só mesmo fatiando o elefante. E é disso que o vídeo fala. Assista e me dê sua opinião. E se quiser mais, acesse meu canal no Youtube (CLIQUE AQUI). Lá você encontra esse e outras centenas de vídeos sobre temas voltados para o marketing e o comportamento do consumidor.
Só uma coisa tenho certeza: todos são de ótima qualidade...
Sabe? Aqueles que chegam na garagem e têm coleção de carros que a maior parte de nós só conhece de ouvir falar.
Pensa no Elon Musk. Ele acorda e faz o quê? Qual a marca do celular dele? Por acaso, o aparelho fica sem bateria e ele tem que ficar carregando power bank por aí? Enfrenta fila na imigração no aeroporto de Miami?
Pois a Visa acabou de anunciar mais uma versão de cartão de crédito que é uma ponte pra entender esses poucos privilegiados: o Visa Infinite Privilege.
Não vai ser o cartão do Musk, pois ainda não foi lançado nos Isteites, mas já uma pequena ideia de qual tipo de mimo é necessário pra agradar a “zelite” do mundo. Entre os benefícios anunciados, tem até uma viagem de helicóptero pro aeroporto de Guarulhos, “de grátis”. Fora a sala VIP da VIP.
O cartão foi anunciado, XP, Unicred e Itaú já disseram que vão emitir o plástico pros seus clientes, só que isso acontece somente no terceiro trimestre do ano. O rico ansioso vai ter que esperar. Aliás, isso ele já está acostumado. Ferrari não tem pra pronta entrega. Ponto pro Renault Kwid!
O novo plástico não é de plástico, mas de metal. Tem que diferenciar o dono, quando sai da carteira. Só que a pergunta que fiquei me fazendo é sobre quem ainda usa cartão físico. Pior: será que na porta da Sala VIP a recepcionista só vai deixar entrar se mostrar o cartão? Ou se eu chegar lá e disse que sou o Luciano Huck ela vai acreditar?
São só 200 mil brasileiros o público alvo do novo cartão. Todos com investimento de, no mínimo, R$ 35 milhões. Ou salário de R$ 350 mil. E só ganha o cartão quem for convidado. Portanto, se você receber e-mail lhe oferecendo o Infinite Privilege, nem responda. É golpe!
Vou montar barraca na porta da Sala VIP de Guarulhos. Quem sabe não mato um pouquinho da minha curiosidade...
Fonte da imagem: Visa
Quer dizer, o problema já existia, mas a empresa foi a primeira a colocar o dedo na ferida aqui em Terra Brasilis. Agora, de uma vez só, Heineken e Coca Cola lançam comerciais, nos Isteites, sobre essa ideia de deixar o mundo digital de lado e curtir o mundo real.
A tendência, que apareceu lentamente, agora é tão clara que as marcas resolveram se apropriar para falar com a Geração Z. Os jovens têm buscado soluções offline, quase que saudando um tempo que não viveram. Sabe aquela câmera digital que você tinha, que precisa descarregar o cartão, e que a qualidade das fotos era terrível? Na mão deles virou moda.
O que parece que está acontecendo é a valorização dos momentos de descompressão. A Geração Z não está buscando viver desconectado mas, sim, um tempo desligado de tudo, pra curtir o momento.
A grande diferença entre as três campanhas é o tom com o qual abordam o tema:
- A Vivo (CLIQUE AQUI) olha sob o ponto de vista doentio que a dependência do online pode significar.
- A Heineken (CLIQUE AQUI) faz do tema um humor distópico, aquele em que o futuro é sombrio, com a cerveja e os momento que ela proporciona como solução.
- E a Coca (CLIQUE AQUI) cria quase que uma metalinguagem (ela falando dela mesmo), colocando as jovens num comercial de... Coca. É quase um resgate ao slogan original, "A pausa que refresca".
De todo jeito, o que a gente vê é o início de um tema que deve virar batido, com mais e mais anunciantes criando suas versões do "Esqueça o celular, a vida online. E se conecte com o real".
Mas o que é a publicidade, se não viver em cima da onda?
Fonte das imagens: comerciais dos anunciantes
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